Diretoria

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Um pouco do interior de Gramado (RS)

Tenho ouvido alguns dizerem que a Serra Gaúcha vai muito além de Gramado, considerando um desperdício o tempo que as pessoas passam no município mais badalado pelos turistas no Estado, tendo tanta coisa melhor pra se fazer. Não deixo de concordar parcialmente, uma vez que toda a região tem paisagens impressionantes.

Entretanto, eu diria que Gramado mesmo vai muito além do que as pessoas costumam visitar, aqueles pontos turísticos mais estabelecidos de sempre. A situação geográfica e sócio-cultural do município é bastante peculiar e os atrativos fora do percurso padrão são bem significativos.

Já andamos recentemente esquadrinhando o interior do município, pelas Linha 28, Quilombo, Linha Carahá, Linha Bonita e Linha Nova. Desta vez, tentamos conhecer alguns dos caminhos ainda desconhecidos. Chegando a partir da RS-235, na divisa com Nova Petrópolis, em Linha Araripe, é possível pegar um caminho alternativo.

Uma foto publicada por Jorge Luís Stocker Jr. (@thesapox) em

Logo no início do caminho nos deparamos com uma capela muito singela, construída em técnica enxaimel e sem torre sineira. Chama a atenção encontrar uma edificação enxaimel original em Gramado, que é amplamente conhecida pela grande quantidade de prédios que apenas simulam a técnica construtiva alemã.

Seguimos em direção a Linha Ávila. Parte deste caminho é praticado por quem decide tentar desviar do pedágio, o que não é tão recomendável: a estrada de terra na subida do morro, logo no início, encontra-se em péssimo estado de conservação. Como nossa intenção era pegar caminhos alternativos mesmo, sem problemas.

No pontilhão seguimos em direção a Linha Ávila Baixa. A paisagem é típica de interior, com pequenas propriedades rurais. Ainda é possível encontrar algumas construções históricas no caminho.

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Há também um antigo grupo escolar de madeira - uma "Brizoleta". O exemplar é bem interessante, idêntico aos dois de Linha Carahá. Não deu pra entender que função desempenha hoje, mas aparentemente o prédio parece ter sido vendido.

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Ao se aproximar do centro da cidade a estrada é pavimentada e gradualmente o local vai adquirindo ares mais urbanos. Por este ângulo enxerga-se a real dimensão da cidade de Gramado, que para quem visita ao centro, parece muito pequena.

Um ponto turístico um pouco lamentável é a Cascata Véu de Noiva. Antigamente, foi parada obrigatória para quem visitava a cidade. Embora o local ainda seja sinalizado, assim como a Cascata dos Narcisos que fica alguns metros antes, sua existência é tratada com certa parcimônia pelos órgãos públicos. O motivo é o forte cheiro de esgoto, devido a poluição do curso d'água.

A Cascata Véu de Noiva pode ser visualizada já a partir do refúgio existente no local, e é muito bonita. Desta vez decidimos não descer, e não tivemos coragem para visitar a dos Narcisos, pois a sujeira já começava na entrada da trilha. Estes dois atrativos turísticos estão extremamente degradados e necessitam urgentemente de atenção e seriedade da Prefeitura Municipal.

Problema à parte, seguimos o passeio e depois de um café no Lago Negro, visitamos outra localidade do interior, a Linha Tapera. No local existe uma pequena capela de pedra muito interessante, com campanário de madeira. Lembra uma versão bem mais singela da igreja do centro de Gramado.


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Ainda no local, um antigo moinho, do qual não pudemos nos aproximar muito devido a um cãozinho raivoso!

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Pra fechar, procuramos o mirante do Morro da Polenta. O local é de fácil acesso e tem uma vista muito bonita. Enxerga-se a estrada RS-235 cortando a serra e a sucessão de morros que a compõe nesta direção.


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O mirante fica junto a um bairro residencial bem tranquilo e parece ser bem pouco visitado. Há sinalização no acesso ao bairro onde ele se situa, no pequeno trecho em rua sem pavimentação, mas não há sinalização no acesso principal próximo a estrada. Ele está incluído num dos roteiros oficiais do município pelo interior, aparentemente o único público visitante. Ainda assim estava regularmente bem mantido, parece um ponto turístico com potencial de ser bem mais visitado.

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Encerramos assim mais uma exploração pelo interior de Gramado (RS)!

domingo, 24 de janeiro de 2016

Serra do Pinto, Três Forquilhas e Cascata da Pedra Branca

A região da antiga colônia alemã de Torres sempre me despertou curiosidade. Iniciada junto da Colônia de São Leopoldo, o empreendimento colonizador litorâneo não teve o mesmo êxito provavelmente devido aos escassos e longínquos meios de ligação para escoar a produção colonial.

O estudo da arquitetura da imigração, empreendido pelo arquiteto Gunter Weimer, demonstra a interação entre a técnica construtiva luso-brasileira com a alemã, que nessa região teria sido ainda mais visível e expressiva.

Entretanto, não tive anteriormente a oportunidade de visitar a região, embora diversas vezes tenha passado por ela. Finalmente, no começo de 2016 decidimos aproveitar um trajeto entre o Vale do Sinos e o litoral para fazer um percurso bem maior: subindo a serra, para novamente descer pela estrada conhecida como Rota do Sol.

O percurso em São Francisco de Paula foi um pouco mais demorado do que o imaginado, compensado pelas belas paisagens dos Campos de Cima da Serra. Paisagem que começa a entrar em risco de desaparecer pela profusão do cultivo de acácias e outras culturas.

Ao atingir o município de Itati - um dos tantos municípios desmembrados do território que compreendia a antiga Colônia Alemã de Torres - a paisagem muda radicalmente. A estrada, então, começa a descer a Serra, serpenteando a encosta do vale do Rio do Pinto.

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A vista a partir da estrada é embasbacante e surpreendente. Visualiza-se a cadeia de morros, curiosamente todos de altura média alinhada. Uma casa comercial no início desta descida oferece um mirante com vista panorâmica. Parada obrigatória.

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Continuando a descida, após a sequência interessante de túneis, viadutos e curvas que compõe esse trecho da estrada, entramos em Três Forquilhas por um dos acessos secundários. Nesta entrada, ainda no lado do rio relativo a Itati, já foi possível registrar uma antiga casa de colono. A volumetria lembra bastante a de uma casa enxaimel, não sendo impossível que se trate de um exemplar rebocado. Mas também pode ser uma residência já em alvenaria. De qualquer forma, bastante interessante e aparentemente, não muito reconhecida como patrimônio local.



Logo adiante, cruza-se o Rio do Pinto por um pontilhão de concreto muito comum na região. As localidades espraiam-se ao longo dos cursos d'água, frequentemente cruzados por estas pontes bastante simples. As águas claras do rio, deslizando sobre as pedras, são um convite para banho, ainda mais em dias de calor. Vimos ao longo de todos cursos d'água muitos moradores aproveitando esta dádiva natural.


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A paisagem é certamente uma das mais bonitas do Estado. A cadeia de montanhas, paredões e mata verdejante fazem segundo plano em todas as paisagens, enquanto os riachos de águas cristalinas ladeiam a estrada.

A antiga igreja desta comunidade infelizmente foi parcialmente descaracterizada recentemente, revestida por azulejos. Felizmente, essa reforma parece reversível quando houver maior consciência de preservação do patrimônio no local.




Seguindo a estrada que ladeia o Arroio da Pedra Branca é possível encontrar, ainda, algumas habitações que parecem ter sido residência de colonos. A maior parte delas muito simples, denotando o pequeno desenvolvimento econômico da localidade. O destaque é a integração com a paisagem.

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Logo adiante avista-se, ao longe, a Cachoeira da Pedra Branca. A visita não estava nos planos - principalmente pelos relatos de más condições da estrada que havia lido na internet - mas foi impossível desprezar o magnetismo exercido por aquela paisagem natural.


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O trajeto até a Cascata é bastante longo, em especial porque conforme a cascata se aproxima, a estrada fica gradualmente mais "rústica", para utilizar um termo bastante brando. É necessário seguir devagar. Muitas pessoas frequentam diariamente o local com veículo de passeio, como fizemos, mas em especial nos últimos dois quilômetros da estrada, isso não é nada recomendável. A estrada é crivada de pedras irregulares, algumas mais altas, e tem muitos buracos de dimensões consideráveis deixados pelas chuvas e falta de manutenção.

A cachoeira, em si, compensa qualquer esforço realizado para atingí-la: a vista das águas deslizando pelo paredão, é simplesmente hipnotizante. Era sábado de verão e o local estava moderadamente movimentado.

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Energias recuperadas pela vista refrescante, enfrentamos novamente a estrada de volta, com cuidado redobrado. Conhecendo a estrada, foi possível curtir ainda mais a paisagem, que não cansa de surpreender.

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Seguimos até um dos sobrados enxaimel mais interessantes do litoral norte, e aparentemente, o único que restou em Três Forquilhas.

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Trata-se de um casarão de 1853, pertencente a família Jacoby. Infelizmente a imponência da edificação de dois pavimentos (e sua conservação) estão prejudicados pela vegetação descontrolada que cresce próxima do imóvel. Mas fica o registro de um dos exemplares de enxaimel mais valiosos do Estado, felizmente ainda existente e à margem de qualquer política de preservação.

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Com o avançado da hora foi impossível visitar as casas enxaimel em Itati (RS), como estava nos planos. Ficou para a próxima oportunidade. De qualquer forma, o passeio foi recompensador, pela vivência de algumas das paisagens mais belas que o Rio Grande do Sul proporciona.

sábado, 9 de janeiro de 2016

Passeio rápido pelo Interior de Sapiranga: Picada Verão, Picada São Jacó e Alto Ferrabrás

Dia nublado, num sábado de verão muito quente, decidimos dar uma volta pelo interior de Sapiranga. A ideia era entrar a partir de Dois Irmãos, por Picada Verão, e descer até o centro de Sapiranga.



A área rural de Sapiranga, ao norte do município, é imensa, e faz divisa com os municípios de Dois Irmãos, Morro Reuter, Santa Maria do Herval e Nova Hartz. É composto por algumas localidades (picadas) colonizadas por imigrantes alemães. As estradas apresentam alguns problemas de manutenção e são um pouco mais degradadas do que as dos municípios vizinhos, mas é tranquilo circular por elas com veículo de passeio, tomando alguns cuidados.

Partindo de Dois Irmãos, a primeira localidade por onde passamos é a antiga Sommerschneis, a "Picada Verão". Já havíamos passado por ali recentemente, passando um longo tempo apreciando o antigo cemitério e a igreja luterana da localidade (muito semelhante à do centro de Dois Irmãos, núcleo com o qual essa picada nutria maiores relações); por isto esta vez apenas registramos a paisagem típica do local.

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 Vimos ao longe que a serra parecia encoberta com algumas nuvens, dando impressão de que choveria em seguida. Mais tarde percebemos que se tratava de neblina!

Adiante, encontra-se num entroncamento de estradas o que parece ter sido uma antiga venda colonial e/ou Salão de Baile. Não encontrei maiores informações nos livros que tenho ou na internet, mas pela proporção e localização estratégica, parece tratar-se de uma típica "venda" de interior.

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Trata-se de um dos exemplares de arquitetura enxaimel mais imponentes de Sapiranga. Apresenta elementos bem interessantes como a bandeira sobre a porta principal, o amplo sótão e janelas de guilhotina, influência da cultura construtiva luso-brasileira. A edificação não é reconhecida como patrimônio cultural em nenhuma instância e sua preservação depende do acaso!

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Pegando o caminho da direita no entroncamento, nos dirigimos a outra localidade, a antiga Jakobsthal, a Picada São Jacó. O caminho apresenta paisagens muito bonitas, e algumas edificações enxaimel remanescentes. Também neste percurso encontra-se o camping Deberovsky, onde existe uma cascata bastante visitada. Já na Picada São Jacó, alguns registros da paisagem cultural típica da imigração alemã.

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A igreja luterana da Picada São Jacó apresenta algumas semelhanças com as de Dois Irmãos e de Picada Verão, apresentando como diferencial duas janelas sineiras na torre.

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Todo o percurso até agora já era nosso velho conhecido, então decidimos subir até a localidade de Alto Ferrabrás. Quando atingimos a parte mais alta do morro, uma surpresa: mesmo com o calor e o dia abafado que fazia lá embaixo, a localidade de Alto Ferrabrás parecia em pleno inverno com tempo muito frio e uma espessa cortina de neblina (conhecida por aqui como "serração").

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O passeio seguiu inesperadamente em meio a neblina e a paisagem pontuada por muitas araucárias, com o frio e o odor da fumaça dos fogões a lenha acesos no ar. Paramos num pequeno cemitério da localidade, cercado por um murinho de taipa, que ainda apresenta poucos resquícios de sepulturas antigas.

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A última curiosidade ficou por conta de um antigo Grupo Escolar de madeira construído pelo governador Leonel Brizola, uma "Brizoleta". Aparentemente o prédio foi abandonado. Aquela pequena escolinha de madeira arruinada despertou muitas reflexões.

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Em seguida, o caminho contorna o morro saindo novamente na Picada São Jacó, de onde descemos para o centro de Sapiranga.

Deixou saudades o friozinho que fazia em Alto Ferrabrás.

sábado, 2 de janeiro de 2016

Interior de Caxias do Sul (RS): Ana Rech, Fazenda Souza, Santa Lúcia do Piaí e Linha Sebastopol

Nossa primeira incursão do ano foi pelo interior de Caxias do Sul (RS). Apesar de ser a segunda cidade mais populosa do Rio Grande do Sul - atrás apenas da capital - Caxias ainda tem uma área rural imensa, compreendendo diversas localidades e diferentes paisagens.


Fizemos o passeio no sábado dia 02/janeiro, e praticamente todo o comércio ou pontos de visitação pública da cidade estavam fechados, com exceção de algumas igrejas. Como o foco eram as paisagens do interior, sem problemas!

A primeira parada foi em Ana Rech, uma antiga localidade que hoje já encontra-se praticamente engolida pela malha urbana de Caxias. O aspecto já é de um bairro integrado com a cidade, embora ainda resistam alguns aspectos de interior como as ruas bastante apertadas, e a permanência de algumas construções mais antigas.

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Encontramos a Igreja de Nossa Senhora do Caravaggio aberta, e ficamos bastante surpresos com o interior. O templo respira cultura italiana, seja pelos belas pinturas, seja pelos detalhes em madeira. Encontra-se muito bem conservada e vale a visita!

Seguimos, então, até a localidade de Fazenda Souza. Chama a atenção a beleza da estrada ladeada por hortênsias. Já na localidade, os ares de "interior estagnado" contrastam com uma infra-estrutura invejável e ótima conservação dos espaços públicos. O canteiro central da avenida estava impecavelmente florido e a praça muito bem cuidada.


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A imagem de Nossa Senhora da Salete é bastante expressiva.

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Seguindo, na saída da localidade, encontra-se uma das capelinhas mais interessantes da área de imigração. Trata-se da Capela de São Roque, inteiramente construída em madeira. É dotada de campanário separado do corpo da capela, como tradicional nas áreas de imigração italiana. Esta preciosidade esteve a ponto de ser demolida, mas felizmente foi salva por ação do Ministério Público Estadual. Aguarda, ainda, melhores dias, mas apenas sua existência já é um alento.

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O trecho da estrada entre Fazenda Souza e Santa Lúcia do Piaí se destaca pela alteração na paisagem: parte dela tem a típica paisagem dos Campos de Cima da Serra. Fizemos uma rápida parada para ver a capelinha de Água Azul, e seguimos adiante.

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Já em Santa Lúcia do Piaí visitamos, primeiramente, a "cidade dos mortos" logo na entrada. Lá encontramos um conjuntinho de antigas sepulturas, todas caiadas em branco. É difícil encontrar sepulturas tão antigas em cemitérios das áreas de imigração italiana, nunca descobri bem o motivo. Mas fica o registro.

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Santa Lúcia do Piaí lembra muito uma cidadezinha de interior. Fica distante o bastante do centro de Caxias para manter certa independência sócio-cultural. Chama atenção, novamente, a excelente conservação dos espaços públicos. Parte do centro de Piaí lembrava algo como uma cidade cenográfica de novela da Globo!

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Algumas edificações históricas chamam atenção nesta localidade, e esperamos que sejam devidamente preservadas.

A partir daqui, o passeio fica um pouco mais "rústico", pois a estrada não é mais asfaltada. É um longo caminho até Linha Sebastopol, na divisa com Nova Petrópolis, entretanto a estrada de terra estava muito bem mantida e não incomodou em nenhum momento. O passeio foi até mais tranquilo do que em muitas vias asfaltadas em péssimas condições que encontramos por aí!


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Uma das paisagens mais bonitas deste passeio se descortina logo após a saída de Santa Lúcia: trata-se do Morro Malakoff, de Nova Petrópolis. Sua visão acompanha todo o restante do caminho e tem um magnetismo visual incrível.

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A estrada começa a descer a Serra, gradualmente de início e subitamente por fim. Durante o caminho a paisagem cultural se transforma, ficando através das edificações, visível a predominância da imigração alemã. São inúmeras as casas enxaimel ainda existentes à beira da estrada.

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Em Faria Lemos, uma igreja luterana assinala e confirma a presença de imigrantes alemães.

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Quando a descida torna-se mais íngreme, a estrada imerge em meio a mata nativa, sendo possível visualizar uma bela cascata ao longe.

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Terminada a descida, o restante do caminho se dá pela várzea do Rio Caí e seus afluentes. O rio corre em meio as pedras e é possível ouvir seu som em meio ao silêncio da paisagem, muito tranquilizante!

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Chegando em Linha Sebastopol a estrada é novamente asfaltada. O destaque fica pela paisagem, pois estamos em meio ao vale formado pelo Rio Caí, com visual da encosta verde dos morros.

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Após apreciar alguns pequenos cemitérios antigos, capelas e casas históricas, deixamos Linha Sebastopol e retornamos pela BR-116, encerrando este passeio!

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Com este longo trajeto foi possível fazer uma bela radiografia do interior de Caxias do Sul.