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sábado, 2 de janeiro de 2016

Interior de Caxias do Sul (RS): Ana Rech, Fazenda Souza, Santa Lúcia do Piaí e Linha Sebastopol

Nossa primeira incursão do ano foi pelo interior de Caxias do Sul (RS). Apesar de ser a segunda cidade mais populosa do Rio Grande do Sul - atrás apenas da capital - Caxias ainda tem uma área rural imensa, compreendendo diversas localidades e diferentes paisagens.


Fizemos o passeio no sábado dia 02/janeiro, e praticamente todo o comércio ou pontos de visitação pública da cidade estavam fechados, com exceção de algumas igrejas. Como o foco eram as paisagens do interior, sem problemas!

A primeira parada foi em Ana Rech, uma antiga localidade que hoje já encontra-se praticamente engolida pela malha urbana de Caxias. O aspecto já é de um bairro integrado com a cidade, embora ainda resistam alguns aspectos de interior como as ruas bastante apertadas, e a permanência de algumas construções mais antigas.

Uma foto publicada por Jorge Luís Stocker Jr. (@thesapox) em


Encontramos a Igreja de Nossa Senhora do Caravaggio aberta, e ficamos bastante surpresos com o interior. O templo respira cultura italiana, seja pelos belas pinturas, seja pelos detalhes em madeira. Encontra-se muito bem conservada e vale a visita!

Seguimos, então, até a localidade de Fazenda Souza. Chama a atenção a beleza da estrada ladeada por hortênsias. Já na localidade, os ares de "interior estagnado" contrastam com uma infra-estrutura invejável e ótima conservação dos espaços públicos. O canteiro central da avenida estava impecavelmente florido e a praça muito bem cuidada.


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A imagem de Nossa Senhora da Salete é bastante expressiva.

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Seguindo, na saída da localidade, encontra-se uma das capelinhas mais interessantes da área de imigração. Trata-se da Capela de São Roque, inteiramente construída em madeira. É dotada de campanário separado do corpo da capela, como tradicional nas áreas de imigração italiana. Esta preciosidade esteve a ponto de ser demolida, mas felizmente foi salva por ação do Ministério Público Estadual. Aguarda, ainda, melhores dias, mas apenas sua existência já é um alento.

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O trecho da estrada entre Fazenda Souza e Santa Lúcia do Piaí se destaca pela alteração na paisagem: parte dela tem a típica paisagem dos Campos de Cima da Serra. Fizemos uma rápida parada para ver a capelinha de Água Azul, e seguimos adiante.

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Já em Santa Lúcia do Piaí visitamos, primeiramente, a "cidade dos mortos" logo na entrada. Lá encontramos um conjuntinho de antigas sepulturas, todas caiadas em branco. É difícil encontrar sepulturas tão antigas em cemitérios das áreas de imigração italiana, nunca descobri bem o motivo. Mas fica o registro.

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Santa Lúcia do Piaí lembra muito uma cidadezinha de interior. Fica distante o bastante do centro de Caxias para manter certa independência sócio-cultural. Chama atenção, novamente, a excelente conservação dos espaços públicos. Parte do centro de Piaí lembrava algo como uma cidade cenográfica de novela da Globo!

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Algumas edificações históricas chamam atenção nesta localidade, e esperamos que sejam devidamente preservadas.

A partir daqui, o passeio fica um pouco mais "rústico", pois a estrada não é mais asfaltada. É um longo caminho até Linha Sebastopol, na divisa com Nova Petrópolis, entretanto a estrada de terra estava muito bem mantida e não incomodou em nenhum momento. O passeio foi até mais tranquilo do que em muitas vias asfaltadas em péssimas condições que encontramos por aí!


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Uma das paisagens mais bonitas deste passeio se descortina logo após a saída de Santa Lúcia: trata-se do Morro Malakoff, de Nova Petrópolis. Sua visão acompanha todo o restante do caminho e tem um magnetismo visual incrível.

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A estrada começa a descer a Serra, gradualmente de início e subitamente por fim. Durante o caminho a paisagem cultural se transforma, ficando através das edificações, visível a predominância da imigração alemã. São inúmeras as casas enxaimel ainda existentes à beira da estrada.

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Em Faria Lemos, uma igreja luterana assinala e confirma a presença de imigrantes alemães.

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Quando a descida torna-se mais íngreme, a estrada imerge em meio a mata nativa, sendo possível visualizar uma bela cascata ao longe.

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Terminada a descida, o restante do caminho se dá pela várzea do Rio Caí e seus afluentes. O rio corre em meio as pedras e é possível ouvir seu som em meio ao silêncio da paisagem, muito tranquilizante!

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Chegando em Linha Sebastopol a estrada é novamente asfaltada. O destaque fica pela paisagem, pois estamos em meio ao vale formado pelo Rio Caí, com visual da encosta verde dos morros.

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Após apreciar alguns pequenos cemitérios antigos, capelas e casas históricas, deixamos Linha Sebastopol e retornamos pela BR-116, encerrando este passeio!

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Com este longo trajeto foi possível fazer uma bela radiografia do interior de Caxias do Sul.

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